quinta-feira, 28 de julho de 2011

dois homens que se abraçam

Essa série veio depois do episódio num rodeio no interior de São Paulo, quando pai e filho foram atacados por um bando de psicopatas, revoltados com o que julgavam ser uma demonstração de afeto homossexual.
Parece que a carga simbólica contida no abraço público entre dois homens é excepcionalmente provocativa para a homofobia geral.
Eu já passei por várias situações do tipo, quando, abraçando amigos em público (uma das vezes, meu filho, também), ouvir QUASE IMEDIATAMENTE gritos e insultos dessa natureza.
Acho um espanto.

22 comentários:

MC disse...

Que lindo!

monica bertolotti disse...

Quem "não gosta" na verdade é porque não se permite.

macaU disse...

Muito bom, Laerte! Como sempre antenado e comentando nosso - por vezes triste - cotidiano! Tb me espanto ao ver que o preconceito está bem do nosso lado!
Parabens pelo trabalho! Não saio de casa sem lê-lo.

Daneca disse...

Que lindo, Laerte!!!! Eu chorei... o amor é tão precioso, em todas suas formas, e não dá prá entender que algo tão lindo possa ser imcompreendido, negado e pior, ser motivo de ódio. O seu trabalho é maravilhoso, trás esperança prá muita gente. Beijocas.

Anónimo disse...

Laerte, não da para colocar as figuras um pouco maiores no blog? Seria mais fácil ler sem precisar clicar e abrir as figuras separadamente.

Anónimo disse...

Laerte é o maior cartunista do Brasil. Lindo demais. Demonstrar afeto, com quem for, é crime hj em dia.

Anónimo disse...

Sociedade embrutecida e estúpida.

Anónimo disse...

É Laertâo, no sertâo de São Paulo a coisa é feia. Lá não se toleram homosexuais, comunistas ou canhotos. Lá rafinha é rei e luciano é presidente.

Frau Forster disse...

Muito bonito! A tirinha revela uma sensibilidade bem sua =)

Heter disse...

Laerte, você é EXCELENTE. Vou mostrar este post para os homofóbicos de plantão do meu trabalho. Obrigado por esta peça.

Renato M disse...

Porra Laerte, isso foi lindo.

É por essas e outras que continuo lendo você, desde que nasci até hoje. :)

Suzana disse...

Eu sou mulher e passei por uma dessas aos 12 anos de idade, 27 anos atrás.

Estava atravessando uma rua com a minha mãe (que, tipo, só tem 22 anos A MAIS que eu), e manos histéricos dentro de um ônibus nos chamaram de sapatonas, porque estávamos de mãos dadas.

Pra você ver que burrice é genético e piora com o tempo, 27 anos atrás pelo menos só xingavam, agora querem matar.

Tames Moterani disse...

je t´aime

takeum disse...

Na mosca!

Jatai disse...

"pegou na veia".

Lindo de viver (e de morrer, às vezes)

Curioso, esse eu entendo, os da lola me deixam perplexa.

Você produz os mesmos na mesma época? tipo, sai de uma lola e ja faz um desses? se nao me perguntassem nem reconheceria, sao tao diferentes, pra mim...

Brigada pelas tiras, sao uma delicia...

-Vacamarela- disse...

Amor explícito.

anna emilia sander disse...

bah, já passei por isso váaarias vezes com minha filha, de termos q ouvir cantadas de todo tipo por andarmos abraçadas.
parabéns por fazer arte do absurdo!
abç!!
:)

matheus aguiar disse...

há tanta beleza no mundo.
laerte me lembra disso.

Jô Felix disse...

Uma demonstração de afeto entre seres humanos, não importa se entre pai e filho, mãe e filha, homem e mulher, mulher e mulher, homem e homem, nos dias de hoje se tornou uma agressão àqueles que esqueceram que o amor é um valor inerente ao TODO ser humano.É preciso que esta parte da humanidade seja sacudida por uma onde de amor vinda exatamente daqueles que sabem o que é o amor.

Guilherme E Silveira disse...

Eu tenho a tristeza de falar que tal episódio ocorreu na minha cidade. Parabéns pelo ótimo trabalho e por mais essa maravilhosa série, Laerte!
Espero o dia em que coisas belas e simples como afeto, não sejam tomadas como a culpa das desgraças do mundo...

Eduardo Vianna disse...

O Luís Felipe Pondé reclamando que a humanidade poderia estar extinta por culpa desses dois foi demais.

Luiz Zahar disse...

Infelizmente, uma história tão real neste Brasil que permitiu, nesta semana, que dois adolescentes fossem trucidados a pedradas e pauladas acusados do bárbaro crime de serem viados. A atualidade da sua tira encontra eco num dos casos em que dois irmãos gêmeos, de 22 anos, andavam abraçados ao saírem de um baile de forró, em Camaçari - BA.

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