Ok - Esse comentário não tem muito a ver com a tira - é um desabafo de um fã seu de anos, anos mesmo, acompanhando no meu possível cada publicação sua desde 1989. E eis meu desabafo - Vi a entrevista sua na "Roda Viva" as pessoas te analizaram como um travesti, e nunca como um cartunista - inclusive, para o meu espanto, os próprios cartunistas q estavam ali - as únicas referências que vi à sua produção foram sobre as piadas machistas do passado (que nem eram tão machistas assim, convenhamos) e personagens antigos, como os três amigos, overman, Hugo, etc. POXA VIDA!! Se eu estivesse ali iria fazer tanta pergunta sobre a sua produção cultural Laerte!! O pessoal que te entrevista te diz que você é isso ou aquilo, mas sinceramente não sei sei se eles sabem quem é Vânia e Pavel, ou a Lola. É muito triste isso. Só esses três personagens novos daria umas horas de entrevistas que renderiam lições de filosofia e argumento a quadinhistas e cartunistas. É muito triste reduzir você a um mero fenômeno comportamental. Você tem uma produção que persiste e nos ilustra a cada dia. Estou farto de ouvir perguntas rasas com você desde do por quê você escolhe suas vestimentas até a posição de mijar! e esse povo não se dá conta do comportamento facista que estão se submetendo!! Se eu pudesse ter a honra de te entrevistar, colocaria as seguntes questões (uma delas eu sei a resposta, mas como bom jornalista, perguntaria para informar o público através de suas respostas)
1. De onde você se inspirou para desenhara Lola? (essa é a que eu sei, li você falando da sua inspiração num blog)
2. Da onde surgiu a inspiração de desenhar Pavel e Vânia? até que ponto eles tem a ver com Tchekov? Por quê Vânia parece ser mais intelectual que o Pavel?
3. Você espera fazer algo mais para crianças além das tiras da Lola? Como algum livro que ensine a ler, música, ou algo como aquela série de letras do Ziraldo?
4. Na sua produção sem personagens fixos, você mencionou no Roda Viva que não pretende ser muito filosófico, e é raso como um copo. Eu não acredito nisso, me desculpe. Acho que a sua preocupação por uma sociedade igualitária sempre foi uma constante na sua vida, graças a Deus, mesmo se ele existe ou não. Ah, a pergunta. Você acho que poderia fazer tiras sobre outros temas que promovem a igualdade?
5. Por exemplo, a questão do transporte urbano hoje em dia nos acerta em cheio pela ideologia individualista estar concretizada na nossa cara, sem transporte público decente, e sem nenhum pensamento para bicicletas como meio de transporte. Você acha que poderia trabalhar pontos deste tipo?
6. Você, com toda sua experiência, já pensou em abrir uma sociedade de cartunistas brasileiros? Acho que hoje em dia com a internet e tudo mais, isso poderia ser muito fácil. E talvez desenvolver trabalhos educacionais a través dessa sociedade, informando a população de seus direitos, criticando com mais liberdade a sociedade capitalista, etc.
Enfim, acabei de ver a entrevista pelo youtube, e ainda estou meio frustrado pelo fato das pessoas ficarem 97% obsecadas na sua questão privada mais do que a sua questão pública. Você é um ser valioso, sempre o considerei, e acho que você está aplicando um golpe de judô usando a energia pervertida desse povo para que todos vejam a figura linda que você é. Talvez teria mais perguntas, mas por ora é isso. Te adoro muito. Tenho você nõa como um líder, mas como um amigo distante que me ensinou muitas coisas. Um semelhante, um irmão, um filho de Deus, no melhor sentido da palavra. abraçãozão.
>Enfim, acabei de ver a entrevista pelo youtube, e ainda estou meio frustrado pelo fato das pessoas ficarem 97% obcecadas na sua questão privada mais do que a sua questão pública
Também me frustra o interesse em questões de gênero/sexo nas últimas entrevistas que vi. Talvez por ser um assunto mais fácil de perguntar-argumentar (mais até que futebol), talvez por saber que é isso que dá ibobe...
Outro ponto, não sei o quanto os entrevistadores realmente estão cientes da produção que fica fora da mídia impressa.
Laerte, seu nome tem aparecido vezes seguidas em conversas com amigos, em textos publicados por aí, vc parece uma antena, cara! Agora te digo que têm sido nas melhores conversas, nos melhores escritos. De repente as pessoas ficaram mais intensas, mais reflexivas, só porque um artista maluco resolveu botar saia! Vc é foda! E ó: não acaba nunca com o Pavel e o Vânia não, tá? Beijão
Nem a atenção exagerada ao travestimento fez os mais trouxas perceberem quão único é seu trabalho. Mesmo quando toma partido, o senhor consegue, na falta de palavra menos estereotípica, transcender aquilo que representa, ir além, ser mais, superar qualquer descrição.
Ok - Esse comentário não tem muito a ver com a tira - é um desabafo de um fã seu de anos, anos mesmo, acompanhando no meu possível cada publicação sua desde 1989.
ResponderEliminarE eis meu desabafo - Vi a entrevista sua na "Roda Viva" as pessoas te analizaram como um travesti, e nunca como um cartunista - inclusive, para o meu espanto, os próprios cartunistas q estavam ali - as únicas referências que vi à sua produção foram sobre as piadas machistas do passado (que nem eram tão machistas assim, convenhamos) e personagens antigos, como os três amigos, overman, Hugo, etc.
POXA VIDA!!
Se eu estivesse ali iria fazer tanta pergunta sobre a sua produção cultural Laerte!! O pessoal que te entrevista te diz que você é isso ou aquilo, mas sinceramente não sei sei se eles sabem quem é Vânia e Pavel, ou a Lola. É muito triste isso. Só esses três personagens novos daria umas horas de entrevistas que renderiam lições de filosofia e argumento a quadinhistas e cartunistas. É muito triste reduzir você a um mero fenômeno comportamental. Você tem uma produção que persiste e nos ilustra a cada dia. Estou farto de ouvir perguntas rasas com você desde do por quê você escolhe suas vestimentas até a posição de mijar! e esse povo não se dá conta do comportamento facista que estão se submetendo!!
Se eu pudesse ter a honra de te entrevistar, colocaria as seguntes questões (uma delas eu sei a resposta, mas como bom jornalista, perguntaria para informar o público através de suas respostas)
1. De onde você se inspirou para desenhara Lola? (essa é a que eu sei, li você falando da sua inspiração num blog)
2. Da onde surgiu a inspiração de desenhar Pavel e Vânia? até que ponto eles tem a ver com Tchekov? Por quê Vânia parece ser mais intelectual que o Pavel?
3. Você espera fazer algo mais para crianças além das tiras da Lola? Como algum livro que ensine a ler, música, ou algo como aquela série de letras do Ziraldo?
4. Na sua produção sem personagens fixos, você mencionou no Roda Viva que não pretende ser muito filosófico, e é raso como um copo. Eu não acredito nisso, me desculpe. Acho que a sua preocupação por uma sociedade igualitária sempre foi uma constante na sua vida, graças a Deus, mesmo se ele existe ou não. Ah, a pergunta. Você acho que poderia fazer tiras sobre outros temas que promovem a igualdade?
5. Por exemplo, a questão do transporte urbano hoje em dia nos acerta em cheio pela ideologia individualista estar concretizada na nossa cara, sem transporte público decente, e sem nenhum pensamento para bicicletas como meio de transporte. Você acha que poderia trabalhar pontos deste tipo?
6. Você, com toda sua experiência, já pensou em abrir uma sociedade de cartunistas brasileiros? Acho que hoje em dia com a internet e tudo mais, isso poderia ser muito fácil. E talvez desenvolver trabalhos educacionais a través dessa sociedade, informando a população de seus direitos, criticando com mais liberdade a sociedade capitalista, etc.
Enfim, acabei de ver a entrevista pelo youtube, e ainda estou meio frustrado pelo fato das pessoas ficarem 97% obsecadas na sua questão privada mais do que a sua questão pública. Você é um ser valioso, sempre o considerei, e acho que você está aplicando um golpe de judô usando a energia pervertida desse povo para que todos vejam a figura linda que você é. Talvez teria mais perguntas, mas por ora é isso. Te adoro muito. Tenho você nõa como um líder, mas como um amigo distante que me ensinou muitas coisas. Um semelhante, um irmão, um filho de Deus, no melhor sentido da palavra. abraçãozão.
Oi Carlos!
ResponderEliminar>Enfim, acabei de ver a entrevista pelo youtube, e ainda estou meio frustrado pelo fato das pessoas ficarem 97% obcecadas na sua questão privada mais do que a sua questão pública
Também me frustra o interesse em questões de gênero/sexo nas últimas entrevistas que vi. Talvez por ser um assunto mais fácil de perguntar-argumentar (mais até que futebol), talvez por saber que é isso que dá ibobe...
Outro ponto, não sei o quanto os entrevistadores realmente estão cientes da produção que fica fora da mídia impressa.
Enfim, desabafei um pouco tb.
Laerte, tá bala o trabalho.
Abração
A Lola, Pavel e Vania estão fora da imprensa????????
ResponderEliminarLaerte, seu nome tem aparecido vezes seguidas em conversas com amigos, em textos publicados por aí, vc parece uma antena, cara!
ResponderEliminarAgora te digo que têm sido nas melhores conversas, nos melhores escritos. De repente as pessoas ficaram mais intensas, mais reflexivas, só porque um artista maluco resolveu botar saia! Vc é foda!
E ó: não acaba nunca com o Pavel e o Vânia não, tá?
Beijão
Nem a atenção exagerada ao travestimento fez os mais trouxas perceberem quão único é seu trabalho. Mesmo quando toma partido, o senhor consegue, na falta de palavra menos estereotípica, transcender aquilo que representa, ir além, ser mais, superar qualquer descrição.
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